Boleima de Maçã

Dia 21 de outubro, comemorou-se o dia Internacional da Maçã.

Cultivada há milénios, revelou-se um fruto que deixou a sua marca ao longo dos tempos. Foi representada na mitologia, foi retratada em pinturas e em poemas. Foram-lhe atribuídas capacidades curativas e até mágicas.

Resistente, está presente em todos os países do mundo desde a Sibéria até aos trópicos, resiste a intempéries e aguenta temperaturas elevadas.

A sua origem está atribuída à Ásia e, na sua versão selvagem, a origem foi atribuída ao Cazaquistão.

E, como não podia deixar de ser, nada melhor para comemorar este dia que uma receita tradicional com maçã.

Trazemos hoje a Boleima de Maçã, bolo típico do Alto Alentejo. Este bolo apresenta diversas versões “ricas” ou “pobres” consoante os ingredientes adicionados.

Este bolo é normalmente consumido por altura da Páscoa, e passou a fazer parte da gastronomia portuguesa em diversas ocasiões.

Diz a história que este bolo tem a sua origem nos pães ázimos consumidos pelos judeus aquando da fuga de Israel, assim, este não levava fermento já que na altura da fuga não houve tempo para levedar os pães. Este bolo continha na sua origem apenas os produtos disponíveis que a população levou consigo ao fugir, a base do bolo era apenas azeite, farinha, água e sal.

A confeção deste bolo tinha por intenção o aproveitamento de sobras de pão, aos poucos foram sendo acrescentados ingredientes (com o objetivo de tornar o bolo menos seco) como açúcar, canela, maçã e até nozes.

Contrariando a doçaria típica, este bolo não leva ovos. Normalmente apresenta-se na forma de um quadrado, dourado por cima graças ao açúcar e canela que são usados para finalizar a apresentação.