A paz e o amor de mãos dadas

Foto de Alexander Grey na Unsplash

Tal como eu, ouvimos quase todos os dias alguém tecer alguns comentários tais como: “se Deus existe como há tantas guerras, como permite as doenças, que tantas crianças morram à fome?”… 

Tristemente, as notícias de guerras, terrorismo, mortes dominam, frequentemente, as notícias diárias dos telejornais de todos os canais. A frieza com que, em cinco minutos, nos esquecemos do problema do próximo ou do quanto pode estar a precisar de ajuda… é assustadora. Vivemos centrados nos nossos planos e vontades pessoais, nos nossos sonhos, focados em como os vamos alcançar, não importa o que tenhamos de fazer para lá chegar. 
Deus criou o Homem e a  Mulher à sua imagem e semelhança, mas dotados do livre arbítrio, dotados do poder de decidir cada passo, ação e palavra de cada dia. Ele ama-nos tanto que, como um grande Pai, dá a liberdade de escolhermos o nosso caminho, de escolher por onde passa a nossa felicidade. Criou o mundo num equilíbrio perfeito entre a Natureza e o Homem. 
Com toda a perfeição, equilíbrio e amor, como é que nós não vemos o óbvio? Tudo se baseia na nossa capacidade de amar. 
Um pai não pode conduzir e comandar a vida de um filho, não pode ditar cada passo que ele deve dar e corrigir todos os seus actos. Deus também não o quer fazer. As escolhas são nossas. Escolhemos todos os dias centrarmo-nos apenas em nós, esquecer o outro. Escolhemos matar o outro apenas pela sede de poder, por acharmos que somos uma espécie de deuses que pode ditar e comandar o futuro de todos. Escolhemos danificar a natureza e o seu equilíbrio, esgotando os seus recursos, matando o planeta. Escolhemos, diariamente, esbanjar os nossos recursos, quando o vizinho ao nosso lado passa dificuldades, não tem o que comer, como pagar as contas… Escolhemos magoar e ferir com as nossas palavras que, como espadas, ferem quem nos rodeia. Escolhemos matar o amor e a paz, diariamente. 
As escolhas são nossas. Escolhemos constantemente o caminho errado, a pior atitude que podíamos tomar. O nosso Pai, lá de cima, olha para nós e para as nossas escolhas e, seguramente, fica triste connosco. Ele podia chegar e resolver todas as nossas asneiras, mas nós não aprenderíamos nada, voltaríamos a errar, confiantes que se corresse mal, Deus resolvia. Se o Pai corrigir os nossos actos, passaríamos a ser fantoches, sem poder viver a nossa própria vida, não seríamos felizes. A vida perderia toda a graça e encanto. Perderíamos a nossa liberdade de escolha. Cada escolha acarreta as suas consequências e o nosso Pai com tristeza, sabe que temos de acarretar com elas, pois fomos nós que o decidimos assim. Ele respeita a nossa liberdade. 
Deus olha para nós e sofre com o caminho que escolhemos. 
Tudo é tão fácil, basta que olhemos com clareza. A solução para todos os problemas e males deste mundo é o AMOR. Só o amor cura e traz felicidade: como um filtro que colocamos para onde olhamos, o amor como a base dos nossos gestos diários, como a chave para todas as nossas decisões. Se pusermos amor em tudo, se formos todos nós amor, apenas amor, conseguiríamos terminar com as guerras, a fome, os crimes, conseguiríamos parar de danificar o nosso planeta. A felicidade e a paz reinariam.

Rezemos pela paz no mundo e rezemos para que o Homem consiga render-se ao amor, para que ainda estejamos a tempo de corrigir todo o mal. 

O Amor e a Paz caminham de mãos dadas. Sejam Amor, deem amor em cada gesto, em cada sorriso, em cada olhar. Sejam instrumento de Deus na terra, para que Ele possa ajudar e orientar os Seus filhos muito amados, todos nós.

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