A mulher de Samaria

É uma tarefa desafiante escrever sobre esta mulher de que nos fala São João, o único evangelista que refere este diálogo entre o Senhor Jesus e a mulher samaritana, junto do poço de Jacob, na cidade de Sicar das terras de Samaria (João 4: 1-29).

Depois de dissecada cada palavra desta conversa, o momento revela-se verdadeiramente intenso e cheio de significado.

Queremos falar desta mulher.  Afinal, é a sua curta história bíblica que serve de inspiração para dar o nome ao nosso grupo. Identificamo-nos com a pobre samaritana, a viver numa terra de discórdia e rivalidades, uma vida imperfeita, caindo muitas vezes em pecado, por vezes em solidão, outras em insignificante anonimato, à margem de uma cultura e de uma fé que se impõe, mas que não mata a sede. 

Reconhecemo-nos sobretudo no efeito que lhe traz o encontro com Jesus. Esta mulher que larga tudo para ir testemunhar aos seus vizinhos, à comunidade que a segrega e se segrega a si própria pelos erros e pecados constantes, o poder de Jesus. A mulher que os convida a vir conhecer Aquele que é o Messias.

A mulher samaritana foi um verdadeiro exemplo de apostolado. Testemunhou como Jesus conhecia todos os seus pecados e ainda assim a aceitava, a perdoava pela graça da sua Misericórdia e se oferecia como fonte de água viva para a vida eterna. E, por isso, muitos samaritanos vieram a Jesus e acreditaram.

“ Se conhecesses o dom que Deus tem para dar e quem é que te diz: ‘dá-me de beber’, tu é que lhe pedirias, e Ele havia de dar-te água viva!” – João 4:10 

É esta a mulher que nos ensina e encoraja a anunciar a “fonte de vida”, a única que pode saciar a sede espiritual que o nosso coração tem de amor e de bondade. É Jesus Cristo que nos fala em espírito e verdade.

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