fotografia de Maria Madalena Fotografia: IFC Films / Everett

Maria Madalena

Fotografia: IFC Films / Everett

Maria de Magdala (Magdala devido ao seu provável local de nascimento) ou Maria Madalena foi considerada, preconceituosamente, como traidora ou prostituta; muitas vezes apontada como aquela de quem foram expulsos sete demónios, sendo, durante séculos, uma mulher mal vista, com “má fama”.

Talvez tenha sido uma das pessoas mais injustiçadas da história do Cristianismo quando, na verdade, esteve presente, de forma heróica e dedicada, na vida de Jesus, inclusivamente, nos momentos mais importantes e difíceis. 

Assim, em várias passagens bíblicas, percebemos que, numa sociedade em que a mulher não tinha qualquer destaque nem voz ativa, foi esta mulher que testemunhou a Sua Ressurreição (em Mateus 28: 8-10, João 20 ou Lucas 24). Maria Madalena partiu só, ainda de noite, sem medo, com os olhos postos no túmulo do seu Senhor e foi a primeira a testemunhar que Jesus não estava – “Correu, pois, e foi a Simão Pedro, e ao outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram” – sem perceber exatamente o que se passava, deu a notícia de que Jesus vivia.

Em João 19: 25-26, na crucificação, algumas mulheres, entre as quais Maria Madalena, são as únicas pessoas que não arredam da cruz (“E junto à cruz de Jesus estava de pé a sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena”) enquanto alguns homens fogem. Força, solidariedade, fidelidade, coragem e valentia são os menores dos adjetivos para estas servas do Senhor.

Não se conhece, com exatidão, a identidade de Maria Madalena. Há várias teorias que apontam diferentes possibilidades, por exemplo: talvez fosse Maria que estava sentada aos pés de Jesus no episódio de Marta e Maria (segundo uma das hipóteses colocadas). Não se sabe, mas seja como for, o Papa Francisco procurou fazer justiça a esta serva e amiga do Salvador, afirmando a sua santidade e importância quando, em 22 de julho de 2016, a declarou como “discípula fiel de Cristo, que demonstrou grande amor por Ele e Ele por Ela.”

Assim, o dia 22 de julho assinala esta celebração litúrgica: a festa da apóstola e Santa Maria Madalena.

Peçamos, pois, ao Senhor força e coragem para seguir o exemplo desta mulher tão importante na vida de Jesus e que tenhamos sempre o Salvador como nosso amparo e luz na escuridão.

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